segunda-feira, 28 de março de 2011

It's a girl!!!

Na sexta, 25/3, após um ultrassom despretensioso em Campo Grande,
soubemos que quem vem nos alegrar é a Mariana!
 
Nenhum de nós dois tinha preferência, e nunca vamos saber, nem comparar, qual seria nossa reação se nos fosse informado que era um menino. Mas posso dizer que fui inundado por uma alegria enorme! Fiquei arrepiado, choramos e saímos da clínica com dois mega-sorrisos.
 
A minha esposa, desta vez, soube se controlar e me concedeu as honras de avisar a todos (o que não ocorreu com a gravidez). O nome já estava escolhido, não por causa do significado, mas porque quando levantamos o nome, ambos gostaram e, desde então, passou a ser a primeira opção no caso de ser menina. Se fosse menino, muito sabem, seria Yan ou Ian.
 
Que fique registrado nos autos da história, sempre dissemos que quando tivéssemos um neném, seria Yan/Ian. Mas não consta nenhum documento dizendo que precisaria ser menino.
 
Pois bem, Mariana chega para realizar este sonho antigo. E como um marido com a esposa distante e internet farta é uma combinação perigosa. Eis que me deparei em um dos vários sites sobre nomes de crianças, com um em que se podia fazer a numerologia.
 
Pronto, tempo livre + banda larga = resultado abaixo.
 
 
Mariana Robaina Alva
 
O número do destino é: 9
 
A bondosa. Desde cedo, seu bebê emprestará os brinquedos e ficará feliz quando sentir que pode ajudar os amiguinhos. Prepare a sua casa, pois ela sempre estará cheia de crianças. Comunicativa, ela fará amizades rapidamente. Não se surpreenda se pegá-la conversando com vizinhos no elevador do prédio ou até com estranhos na rua.
 
Também carismática, ele exerce um poder de atração sobre as pessoas e parece saber disso desde o nascimento. Sua missão é desbravar o mundo em busca de novidades. Por isso, não se iluda: ninguém segurará essa criança. A autoconfiança dela está relacionada com o seu potencial de liderança e a sua compaixão. Tem uma forte opinião a respeito de si mesma e saberá muito bem se defender quando for provocada. Mostre a essa pequena que você confia nela e o quanto ela é importante. Isso lhe fará muito bem.
 
O número da personalidade é: 5
 
A vida lá fora parece ser muito mais divertida para essa criança. E isso vai te dar a sensação de que o seu bebê parece não querer perder tempo. Comum estar mamando e dar aquela paradinha para saber o que se passa do outro lado da porta. Comunicativa, adora fazer amizades e faz isso com muita facilidade. Impossível é resistir à sua carinha sabida. Guiado pelos cinco sentidos, a pequena parece ler os seus pensamentos. Nem bem você começa a falar e ela irá completar a frase. Impulsiva e cheia de ideias, o bebê com a personalidade 5 fuça tudo ao redor. Se você quiser fazer uma surpresa e lhe dar um presente, portanto, esconda o mimo fora de casa. Aulas de judô, caratê ou qualquer atividade física podem ser de grande ajuda porque, além de liberar tanta energia concentrada, trazem a consciência da mente e do corpo, proporcionando equilíbrio.
 
O número da alma é: 4
 
Esse é um bebê calmo, que só se irrita quando algo está incomodando muito. Solucionada a questão, tudo volta às boas. Observadora, ela sempre prefere estar junto dos adultos – se comportando tal qual – do que com as outras crianças. Aprende com facilidade e aceita bem a disciplina. Mas pode até adoecer se censurada na frente de outras pessoas ou coleguinhas. Dê a orientação de forma discreta e você será obedecida prontamente. Seu bebê tem sede de conhecimento e raciocínio lógico e gosta de transformar as instruções em resultados tangíveis. Incentive-a. Outro ponto importante é fazê-la perceber desde cedo que as mudanças são parte de um novo aprendizado. Sem confundir muito a rotina da pequena, ajude-a a perceber que às vezes o diferente também é bom. Isso evitará que no futuro ela tenha dificuldade em aceitar as mudanças por puro medo de perder o controle.

Seja bem-vinda Mariana!

quinta-feira, 24 de março de 2011

F1

Essa situação em que me encontro, de futuro-pai-à-distância, me permite algumas divagações.

Estava pensando na Fórmula 1, e descobri que da noite para o dia tornei-me pior que o Barrichelo no quesito atenção, para a família e os amigos.

Deixe-me “analogisar”.

Se até bem pouco tempo eu me alternava na pole position com outro carro (da mesma escuderia, porém de design muuuuito mais agradável aos olhos, melhor acabamento, maior potência no motor Ferrari); hoje sinto-me como se não apenas não conseguisse mais me aproximar da tal companheira de equipe, como também noto que sem que percebesse fui ultrapassado de forma avassaladora e sem pudores por um carro que hoje tem cerca de 6 cm (em franco crescimento, a bem da verdade) e a gente ainda nem sabe a qual escuderia ele pertence!

A companheira, vale dizer, enfrenta problemas com o combustível, com algumas peças e alguns comandos já não respondem. Mas seja por rádio ou até mentalmente, a equipe está sempre disposta e pronta a colaborar. Digo mais, não apenas a nossa equipe, mas até outras equipes se
colocam de prontidão ao menor sinal de que possa haver alguma informação vinda do cockpit dela. Se bobear e der linha cruzada, é bem capaz de aparecer um ilustre desconhecido do nada nos boxes e
perguntar: “Será que posso ajudá-la em alguma coisa? Limpar a viseira dela, encher um pneu?” Mas nada disso faz com que eu tenha a menor chance de recuperar, nem sequer me aproximar dessa liderança.

Como se não bastasse, esse microcarro parece que tem contrato com toda e qualquer equipe que existiu, existe ou existirá na história da F1. Pelo que percebi, não será surpresa se nossa equipe de uma hora pra outra deixar de atender às nossas solicitações para fazer às dele, seja com instrução, equipamentos, novas tecnologias, infraestrutura, enfim.

Então, cá estou, relegado à terceira posição numa corrida de três, sem qualquer perspectiva de melhora nas próximas décadas. Contudo, ao contrário de Barrichelo, estou mais do que feliz e confortável com a posição, mesmo porque quem está atrás tem uma visão privilegiada da corrida. E, hoje, o que me importa é o mundial de construtores.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eu espero

Talvez seja bobeira minha, mas quando você me deu a notícia uma sensação incrível tomou conta de mim. O clichê “não tenho palavras pra descrever” pode ser usado com propriedade e sem pudores bobos. Embora arrepiado da cabeça aos pés, com os olhos cheios de lágrimas e a voz embargada, a minha sensação era de pertencimento, de realização, de uma descoberta já conhecida.

O nervosismo de ambos e os diálogos iniciais sem sentido, não merecem entrar para os anais da história; apenas a sensação e o brilho do momento. Eu tive vontade de gritar, de chorar, de te apertar, de te beijar, mas não pude fazer nada disso, pois a distância e o local não permitiam. Mas tenho certeza de que se sentiu beijada e abraçada porque aquele sentimento transbordava pelos meus poros, e eles certamente viajam em ligações telefônicas.

Eu só sabia dizer que estava feliz, porque realmente estava. Mas talvez as palavras não fossem suficientes para mensurar quantidade – e talvez nunca sejam, se me permite deixar de lado a falsa modéstia.

Mas cometi uma injustiça que dificilmente cometo. Não demonstrei minha gratidão e nem agradeci verbalmente. Aproveito, então, que o sono se perdeu pelas ruas e o que silêncio do tardar da hora chegou para me fazer companhia, para lhe agradecer apropriadamente.

Primeiramente, obrigado Tatiana. O presente que você me deu, ou guarda para me dar, certamente é o maior e melhor que já recebi e vou receber de uma pessoa. Obrigado pela generosidade de me ensinar o amor de espírito, o amor de carne e, agora, me propiciar o amor paterno. Por todos eles serei eternamente grato a você.

Perceba que falei do maior presente que receberei de uma pessoa, porque você foi o maior e melhor presente que recebi da vida. E não te preocupe, em pouco mais de nove horas como futuro papai, posso falar com propriedade sobre a multiplicação de um coração.

Vou explicar: Um amor como o que tenho por você não perde espaço e nem se divide. Por isso, é com certa cautela e sem comprovação científica que lhe informo que meu coração se multiplicou, como se refletisse em um espelho. E o mais interessante, se é que posso graduar essa descoberta científica, é que um intensifica o sentimento do outro. Ao mesmo tempo que me sinto mais apaixonado por ti por causa do novo coração que vive, o antigo rejuvenesceu por saber que aquela nova vida é, em parte, tua.

Por causa disso tudo que falei gostaria de dizer que eu espero. Espero você digerir. Espero você se acostumar. Espero você se entender. Espero você espernear. Espero você se planejar. Espero você se desmanchar e se recompor. E, principalmente, espero o momento em que você conseguirá entender  o quanto você, e agora ele ou ela, significam para mim.

Obrigado gata. Obrigado anjo, Obrigado paixão. Obrigado meu amor. Obrigado mamãe.